segunda-feira, 5 de abril de 2010

Transbordar

É difícil escrever quando se está radiante,
transbordando emoções por todos os poros.
As palavras se confundem em meio às emoções
e até o perigo de cair em meio a jargões
torna-se doce e convidativo
por encontrar nos poetas os reflexos
desse meu trasbordar.

E assim a vida acontece.
A cada momento histórias:
acontecem, continuam, transmutam
Mudam: o cotidiano

segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia da Mulher

Dia da mulher...

Mais um dia das minorias.
Na verdade, não sei se essa data oficial é uma coisa boa ou não.
Considerando que as mulheres foram reprimidas durante um grande período histórico, foram caladas e colocadas em um nível inferior em ralação ao homem, esse dia pode ser uma data importante para que as pessoas possam parar e refletir sobre o papel da mulher na sociedade, em cada sociedade.
Apesar, que não é preciso ir muito longe na história para ver o papel que a mulher possui na sociedade, pois ainda hoje existem milhares de mulheres que são espancadas por seus próprios maridos, milhares que ocupam o mesmo cargo que um homem e ganham menos, milhares que são vistas sobre os olhos da beleza comercial padrão como mais um monte de carne a ser desejada, ou não.
E antes que alguém pense "Mais um discurso feminista", aviso:

Não, não sou feminista.
Sou mulher.

Sem contar o papel que a mulher tomou para si na atualidade: "mulher bombril". Trabalha, estuda, cuida da casa, do marido, do filho, da sogra, do cachorro, malha para não fugir muito dos padrões e não se sentir uma extraterrestre, luta com o tempo para não envelhecer. Lógico que nem todas são assim, não vamos generalizar. O fato é que as mulheres continuam com seu dom de cuidar, um dom que coube a ela segundo a tradição, difícil fugir, ao mesmo tempo, elas querem ser independentes finaceiramente, mostrar seu lugar no mundo.

Será que é isso mesmo que é ser mulher?

Quando vejo o que a mídia expõe como uma mulher bem sucedida fico pensando se é isso o que realmente a mulher moderna deseja, como por exemplo, num comercial de absorvente que passava a pouco na Tv, em que a mulher moderna faz várias coisas no dia, como já foi dito, cuida da família, trabalha, e ainda é uma mulher linda, maravilhosa e bem protegida... cômico, mas que mulher não quer isso? Sucesso profissional, na família e ainda estar bem protegida??? rs.

Vejo o que a mídia coloca.
Vejo a realidade.
Vejo a história.
Por fim, vejo transição.
E me pergunto, onde isso vai dar?

Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos...

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Já escorreu por aí...

Bom, como vou colocar alguns poemas meus neste blog, este é o primeiro.
Ele já escorre por outro blog e pela net, por outras tubulações..., mas penso justo colocá-lo aqui.

Descendo o morro.

Descendo a ladeira.
Descendo na cabeça
minha vida inteira.
Desço do morro, desço do salto.

Lá em baixo, não querem saber se sou daqui.
Preferem que eu seja dali, de acolá.
Preferem que eu seja da zona sul,
da zona soul..., não querem mais saber.
Preferem não saber.

Vejo minha meninice nessas ruelas.
Vejo o boteco e arde minha goela.
Vejo minha avó da janela,
com olhos de cansaço,
me vendo descer.
E desço, e sirvo, e trabalho, e ralo.

À noite, subo novamente o morro.
Subo novamente no salto.
Aqui me conhecem,
sabem quem eu sou.
Paro no boteco,
encho o meu caneco,
fico alto... bem alto.
Porque amanhã
é dia de descer
de novo.

Cristiane Andrade Yamane

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Na Primeira postagem, tudo escorre...

Em uma noite extremamente bucólica, cercada de paredes e tecnologia... (sim, sou muito irônica, vocês perceberão isso), me veio a inspiração do vento do norte..., ou do sul?
Não sei, só sei que algo novo veio não sei da onde. Talvez do vento do norte que me guia, incitando um desejo em criar esse ralo, esse lugar liberto, onde posso tudo derramar, jogar fora, ou deixar correr por tubulações desconhecidas.